Equipe do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado esteve na Câmara na manhã desta terça-feira (7) para apurar suposto esquema de rachadinha. Vereadora nega qualquer irregularidade e afirma ser vítima de transfobia.
O gabinete da vereadora de Uberlândia Gilvan Masferrer (DC) foi alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (7) durante a operação “Mudança de Rota”. Equipes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e das polícias Militar e Civil estiveram na Câmara Municipal.
Conforme o Gaeco, as investigações apuram um suposto esquema de “rachadinha” dentro do gabinete. O nome da operação remete ao possível desvio de “rota”, ou seja, destino, dos salários dos assessores da parlamentar.
Ao todo, três mandados foram cumpridos em endereços ligados à vereadora e a assessores. Em entrevista à TV Integração, a vereadora disse ter sido surpreendida pela investigação, mas afirmou “estar tranquila”.
“Entreguei meu celular, minha conta bancária podem todos ver, revistar. Estou muito tranquila. Não tenho funcionário fantasma, não tem rachadinha no meu gabinete”, declarou.
Ainda segundo Masferrer, o cumprimento dos mandados é um indício de transfobia contra ela.
“O Ministério Público deveria ter me chamado lá, chegaram, abordaram meu gabinete, me expondo para a imprensa. Não vou correr da rua, vou ouvir a população e mostrar que eu sou uma mulher trans que está sendo perseguida”, acrescentou.
Por meio de nota, a Câmara Municipal informou que “as apurações continuam e em sigilo por estes órgãos [Gaeco, PM e Civil], sendo que não será concedida entrevista coletiva, por se tratar de investigação em Segredo de Justiça, tendo esta presidência designado o acompanhamento por advogados da Procuradoria Jurídica desta Casa de Leis, com o intuito de colaborar com os trabalho que foram realizados”.