EM CASA COM DEUS
“Naquele tempo, Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:
”Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.”
(Mateus 5, 1-12a)
A busca da Felicidade em nossas vidas e relações!
Amados irmãos e irmãs, durante toda a nossa vida, tentamos, trabalhamos e muitas vezes em prol de encontrar esse sentimento ou estado de espírito: A FELICIDADE; assim muitos planos, esforços e sonhos são colocados em prática para que possamos enfim encontrarmos com este momento em nossa vida: SER FELIZ!
Pois bem, temos muitos pontos de vistas e pensamento que nos levam a pensar o que nos faz realmente nos sentirmos felizes, há compreensões que nos levam a pensar que ser feliz é alcançar status social, ou outras que seria conseguir ajuntar boas quantias de dinheiro, ou uma abastada posse de bens materiais, o que não faremos jamais uma defesa de que isto não nos leva a momentos de felicidade e realização, pois é sim diante do fruto do esforço e do trabalho que podemos enfim saborear as compensações de tais dedicações.
O que realmente nos chama a atenção no texto Sagrado é que as palavras de Jesus contradizem os pilares que edificam a felicidade, tanto naquele tempo, como até os dias de hoje, pois como podemos pensar em sermos felizes enquanto choramos, sofremos, somos perseguidos e até injustiçados, pois bem, a ótica deste aprendizado não está no ter e sim no ser, pois mesmo passando por momentos de tribulação, quando temos uma paz interna, que nos leva realmente a compreensão de que não estamos perdidos na caminhada e que principalmente nada é para sempre, nem o sofrimento, assim começamos a perceber as virtudes que o texto nos sugere.
Dentre estas virtudes, podemos encontrar o servir, a humildade, o perdão, a justiça e o envolvimento para se construir um mundo mais vivente nestas virtudes, pois uma vez que estamos imbuídos nesta ação, procuramos sim trabalharmos nossa personalidade e temperamentos a fim de que em prol de uma convivência mais harmoniosa, possamos então vislumbrar não apenas momentos, mas uma felicidade que não se apaga, que cada vez mais se fortalece, pois mesmo que sejam pequenas as conquistas, mesmo que haja um retrocesso no caminho, temos uma perspectiva de que diante do entusiasmo podemos assim abrandar situações exigentes e seguir adiante com a alegria de servir e assim fazer parte de um projeto muito maior que nós mesmos.
Portanto, o caminho da felicidade proposto por Jesus, nos mostra um esvaziar-se de si mesmo e uma busca pela completude daquilo que falta ao outro, nos alimentando reciprocamente diante de nossas ações e reações diante de situações inesperadas e por vezes decepcionantes, o que nos leva ao encorajamento e a uma disposição ainda maior não só para enfrentarmos, mas para superar e seguir adiante no curso da vida.
É bem certo que as vezes choramos, por vezes nos sentimos sozinhos e desolados diante de perseguições e injustiças, enfrentando aflições e ausências, porém amados, que a felicidade do dom da vida, de sermos filhos de Deus, de termos uma nova chance a cada dia que floresce, de reverenciar as presenças das pessoas que compartilham conosco suas vidas, de poder ouvir o cantar dos pássaros, de apreciar a natureza em suas cores e tons tão diversificados, de perceber a chegada de novas vidas em nossa famílias, de realmente comtemplarmos que muitas vezes já somos felizes e o que nos falta é realmente a sensibilidade de isto notar, então que esta tal FELICIDADE, esteja cada dia mais perceptível aos nossos sentidos e assim seguirmos adiante em nossos projetos e sonhos, pois unidos em Cristo Jesus somos muitos mais!
Que a Sagrada Família de Nazaré nos proteja e guarde. Deus sempre os abençoe!
Luciano Mota Peixoto – Diácono Permanente, Teólogo
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