Sujeira em residências é o maior desafio no combate ao mosquito transmissor da Dengue

A sujeira que é encontrada no interior de alguns quintais continua sendo um desafio para quem trabalha no combate ao mosquito Aedes Aegypti. Muitos, em Araguari, cobram ações de limpeza em terrenos, mas, o principal problema continua dentro das residências

O trabalho de combate ao mosquito de dengue continua por toda cidade de Araguari. Mas, o serviço se esbarra em pessoas da comunidade que não cumprem com suas obrigações em deixar suas residências limpas. Os casos de dengue registrados no estado de Minas Gerais e em praticamente todos os municípios alcançaram o maior índice neste ano de 2023. E uma grande parte de culpa desses registros vem da própria comunidade que reside nessas cidades. Uma série de fatores, cujo culpado está longe de ser o mosquito. O acúmulo de água parada em recipientes e no lixo somado ao clima tropical favorável fazem o problema ser tanto do governo, que precisa investir em políticas públicas de combate, quanto da população, que deve estar atenta ao acúmulo de água parada em casa. O Aedes aegypti é um mosquito urbano, que vive no interior das residências ou a poucos metros das casas. Isso porque as fêmeas, únicas transmissoras da doença, precisam do sangue humano para fabricar seus ovos. É um mosquito oportunista e estará sempre acompanhando o homem. Para sua proliferação, basta ter água limpa parada, como a água da chuva acumulada dentro de vasilhas. Araguari tem áreas onde há muito resíduo espalhado, muito lixo com garrafas pet, o que contribui para o nascimento de novos mosquitos. A maior parte dos criadouros é encontrada em residências. Por isso, campanhas de conscientização da população costumam ser feitas em períodos de chuva. Além disso, agentes sanitários visitam imóveis para encontrar focos de larvas do inseto e exterminá-las com larvicidas e inseticidas mais potentes do que os vendidos no mercado. Entrar em imóveis particulares é um complicador encontrado todos os dias pelos Agentes da Zoonoses. Muitos proprietários dificultam esse trabalho, já que a residência fica fechada ou abandonada sem que haja qualquer pessoa dentro para abrir a porta. Algumas das medidas indicadas pela secretaria de Saúde, através do Departamento de Zoonoses para combater a proliferação do Aedes são: tampar os grandes depósitos de água, como caixas d’água, reservatórios, tanques e piscinas que não são usadas com frequência, e não abandonar lixos e outros objetos, como pneus velhos e garrafas, em quintais ou nas ruas. Usar cloro na água acumulada evita o surgimento das larvas.