Em Casa com Deus

EM CASA COM DEUS

“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo. Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas ‘cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum. Seja o vosso ‘sim’: ‘Sim’, e o vosso ‘não’: ‘Não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”. (Mateus. 5,20-22a.27-28.33-34a.37)

Construindo uma sociedade fraterna e pautada no amor e respeito mútuo!

Amados irmãos e irmãs, como nos é realmente revelado através da Palavra de Deus tanto conhecimento da natureza humana, pois por vezes nos perguntamos, de onde vem algumas situações que tanto machucam a humanidade, a família, o indivíduo e suas relações e relacionamentos, onde por vezes não encontramos respostas convincentes e continuamos as indagações sem ter ao menos uma luz ou direcionamento para sanar tais situações ou prevenir que elas não voltem a acontecer.

Pois bem, aprendemos diante do texto Sagrado, que todas as ações e sonhos nascem no coração, e quando permitimos que tais pensamentos sejam assim alimentados, externamos aquilo que já se tornou real em nosso íntimo, e quanto alimentamos coisas boas, nossas ações são assim refletidas, mas quando nutrimos pensamentos ruins, negativos, nossas ações são reflexo desta ação interiorizada e assim demonstramos aquilo que carregamos em nossa intimidade.

Aprendemos que muitas vezes somos hipócritas, pois exigimos dos outros aquilo que não fazemos, pois que além de cultuar em nosso íntimo, ainda fazemos a ação, de modo que somos realmente chamados a uma conversão em sua completude, que faça realmente a profunda mudança de caminho, hábitos e expressões.

Somos convidados a construir um mundo mais justo, mas assim precisamos praticar e construir a justiça na célula mãe que é a nossa família, e assim sermos mais justos em situações de provação e de tentações, sermos justos não somente com os demais mas conosco mesmo, reconhecendo nossas limitações e que precisamos sim do auxílio dos outros e de seu apoio e muitas vezes de suas admoestações para nos orientar e segui adiante, porém quando somos injustiçados isto não justifica a ação que destrói a comunhão e a paz, devemos permitir que a justiça de Deus se faça presente em nossas vidas.

Diante destes chamados, em nossas relações muitas vezes matamos sim as pessoas, com nosso olhar, com nossas palavras e principalmente com nossa indiferença, pois excluir, descriminar e subjugar, se torna mais uma forma de assassínio, e isto sim brota do coração, do pensamento em que se não vigiarmos, nos tornamos cruéis carrascos de pessoas e ainda nos colocamos como pessoas boas e inocentes.

Quantas vezes adulteramos, e compreendemos aqui esta ação não somente como o ato sexual com outras pessoas fora do relacionamentos firmado, mas quando adulteramos dentro de nosso coração, com pensamentos lacivos nos levando a cultuar relações inexistentes, porém alimentando situações que podem sim provocar as relações carnais e assim culminando realmente naquilo que só a completude do que foi iniciado no silencio e na surdinha de pensamentos ocultos, e levamos assim a destruição de relações, famílias e projetos que sem tais situações alimentadas jamais teriam acontecido.

Assim, todo o agir do indivíduo deve ser pautado no bom senso, rodeado e uma sensibilidade justiça, amor ao próximo e pureza, levando aos nossos relacionamentos aquilo que temos de melhor, e a cada dia de policiando interiormente, quanto a situações que tentam a harmonia a convivência e do amor familiar, buscando cada dia mais e mais um caminha de vida, nos afastando das escuridões espirituais, e compreendendo que quanto mais aquilo que está em nossos pensamentos podem ser tranquilamente externado, nos leva a compreensão que a cada dia estamos menos impuros, menos hipócritas e mais singelos nos relacionamentos.

Que a cada dia de nossas vidas, tenhamos um sim para vida, para a família, para a compaixão, para o cuidado do alheio, para a construção de uma sociedade justa e fraterna, que sejamos cada dia reflexo de amor, paz e verdade.

Que a Sagrada Família de Nazaré nos proteja e guarde. Deus sempre os abençoe!

Luciano Mota Peixoto – Diácono Permanente, Teólogo

@diacono.lucianomota / @emcasacomdeus / Facebook: Diácono Luciano Mota Peixoto

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo