No Reino da Bicharada

O GATO ABISSÍNIO – VIVENDO A REALIDADE

O Rei Gato assumiu o reino em condições econômico-financeiras privilegiadas e, no seu entender, esta seria a situação durante todo seu reinado.

Por falta de experiência e, muitas vezes, competência, não fez qualquer planejamento para atender situações adversas, confiando piamente em um orçamento fantasioso totalmente divorciado da realidade.

Durante o período já vivido de reinado, preocupou-se com pequenas obras, bastante apenas para manter a Floresta Funcionando.

Neste período foi fácil perceber que ele não acredita no desenvolvimento da Floresta, conformando-se tão somente com a sua condição de floresta dormitório. Tanto é assim que, até agora, nada foi feito para atrair investimentos e criar empregos.

Suas obras se resumem em fazer funcionar o ginásio de esportes, construir quadras de petecas nas avenidas, reformar praças e, mais recentemente trocar meio fios.

É muito pouco. É a tal política de praça e circo que só serve para manter os bichos iludidos e despercebidos da realidade vivida.

O seu governo, por falta de competência de todos que o compõe, em momento algum se preocupou em administrar as condições financeiras do reino, chegando agora a uma situação que beira o caos.

Os primeiros a sofrer foram os servidores da área de educação, exonerados sem qualquer aviso, de surpresa e na calada da noite. De início foram setenta e dois servidores, não se descartando que outras virão e continuarão a atingir tão somente aqueles que efetivamente trabalham.

            A alegação foi falta de recursos financeiros em razão da queda na receita da Floresta. Será que não deu para perceber que a receita caminhava neste sentido tendo em vista a redução de atividade em toda a Floresta Maior? Será que foi preciso levar a este ponto?

O comentário de agora é no sentido de que o prejuízo na área de educação será ainda maior, pois a alegada falta de recursos não deve permitir o pagamento do piso salarial da categoria.

Ou seja, recursos para reformar praças que já estavam prontas e funcionando e trocar meio-fios existe. Só está faltando aquele destinado a pagar o devido a uma classe que trabalha em situações adversas para cuidar da educação dos filhotes da Floresta.

Aliás, também para melhorar as condições das escolas que estão em situações precárias, alegam não ter de recursos.

Nem mesmo aqueles recursos fornecidos pela administração da Floresta maior, destinados à aplicação na área de educação, são gastos com parcimônia, a tempo e a hora de atender as reais necessidades da categoria, fazendo com que, no final de cada ano, compras de veículos, aliás, verdadeiros tanques de guerra, e terrenos de utilidade duvidosa sejam efetuadas as pressas.

A partir de agora se o Rei Gato não alterar sua forma de administrar, as coisas vão piorar ainda mais. Isto é só o começo.

Não é possível que ele continue a reformar praças e a trocar meio-fio em detrimento das necessidades da educação da Floresta e em prejuízo dos servidores que prestam religiosamente serviço a este setor. Não seria Justo!

Com a alegada queda de arrecadação, as prioridades devem ser atendidas preferencialmente.

Isto deve ser praxe. Mesmo que a receita volte a subir, o que é bastante improvável, as áreas de maior importância devem a ser atendidas em primeiro lugar. É o que determina as mais elementares normas de administração.

É hora de viver a realidade. Queira ou não!

Dejair F. Lima / Jornalista e Advogado

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