A operação “Camarilha” aconteceu nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, com mandados sendo cumpridos em residência e um estabelecimento comercial da cidade. A ação chamou atenção e, em entrevista coletiva, o delegado explicou os detalhes da ação policial
Cumprindo determinação judicial, pelo Ministério Público Estadual, tendo a frente o Promotor André Luiz Alves de Melo e Juíza Elisa Marco Antônio, a 4ª Delegacia de Polícia Civil deflagrou na manhã de sexta-feira (14), a operação “Camarilha”, que investiga uma quadrilha especializada em venda ilegal de rifas com carros de grande valor em Araguari. O Delegado Rodrigo Luis Fiorindo esteve a frente da operação, apoiado por vários investigadores. Os alvos são dois influenciadores digitais, o casal Gustavo Melo e a esposa dele Mila Oliveira, ambos residem em Araguari. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e em um ponto comercial na região central da cidade. Segundo informações do delegado, os suspeitos são investigados por envolvimento com jogos de azar, organização criminosa e falsidade ideológica. Uma possível lavagem de dinheiro também é investigada. As investigações do Ministério Público e da Polícia Civil apontam que as rifas eram concretizadas tendo os investigados de Araguari, uma dupla de parceiros na cidade de Maceió/AL. A fraude foi descoberta após as pessoas que estão sendo investigadas postarem em rede social imagens em que ostentam carros de luxo, o que levantou suspeitas por parte da justiça. Em entrevista coletiva ao final da manhã, ainda de sexta-feira, o Delegado Rodrigo Fiorindo prestou mais informações em relação à operação, confirmando que foram bloqueados mais de R$ 1.400.00,00, incluindo o impedimento dos veículos rifados de serem transferidos para outras pessoas. Esses valores, segundo a investigação, podem chegar à ordem de R$ 3.000.000,00, movimentados pelo grupo desde o mês de setembro de 2022. “Cumprimos os mandados de busca e apreensão que foram expedidos pela Excelentíssima Juíza de Direito Dra. Elisa Marco Antônio, da 2ª. Vara Criminal de Araguari, após parecer do Excelentíssimo Dr. André Luis Alves de Melo da 1ª. Promotoria de Justiça da Comarca de Araguari-MG”, destacou o delegado.
Fiorindo também explicou sobre as rifas que eram feitas pelos investigados. A figura “rifa” “é considerada modalidade de jogo de azar, tipificado, no Brasil, como contravenção penal. “Segundo a Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei n. 3.688/41) Art 50 e Art 52”, segundo a Coordenadoria Geral de Promoção Comercial da Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade – SEAE – da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade – SEPEC – do Ministério da Economia”, explicou. “Continuamos com o trabalho investigativo e tão logo apresente novos resultados estaremos desde que possível repassando todas as informações para o conhecimento da imprensa e da população”, acrescentou o delegado.
