Em Casa com Deus

EM CASA COM DEUS

“Naquele tempo, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!” (João 1, 14a -12a)

Aprendendo a ser mais humilde e servil para os nossos!

Amados irmãos e irmãs, um dos grandes dilemas de nossa vida se apresenta quando nos deparamos com situações que exigem uma decisão de carácter imparcial, onde tal escolha vai realmente nos afetar, e que ainda pode inverter o ego humano, que ao invés nos elevar, pode sim nos diminuir, ou seja, quando realmente devemos tomar uma decisão de tirar o time de campo, nos ausentar, e permitir que outras pessoas assim tomem nossas posições e assim cresçam na forma natural da vida.

Muitas vezes tais decisões são imprescindíveis para um crescimento de ambas as partes envolvidas em um processo de evolução, de auto conhecimento e do despertar das responsabilidades que a vida nos proporciona, onde dentro da graça da dinâmica da vida, os embates dos relacionamentos, nos exigem sim constantemente a prática da humildade, do respeito e da confiança, tanto com aqueles que constituem nosso ambiente familiar como as nossas convivências sociais,

Dentro das relações, e na roda da vida, sempre é importante termos uma consciência daquilo que somos e representamos, tanto para nós mesmos quanto para aqueles que conviemos, e assim descobrirmos nas relações qual é o nosso papel, qual é nossa importância e muito mais ainda qual a nossa posição no teatro da existência, e digo teatro não como representação das emoções tal como em uma peça, mas sim nos papeis desenvolvidos na história que se constrói no desdobrar das convivências e acontecimentos da vida.

E ao se referenciar de qual é nossa posição, fazer dela um ponto de fortalecimento do amor, tanto próprio como para com o próximo e assim desempenhar o melhor para que a cada dia possamos nos tornar pessoas melhores e mais digna da maravilha da vida, onde a cada momento temos a oportunidade de fazer o bem, de transformar situações que aos olhos humanos estão perdidas em uma via de aprendizado e de crescimento.

Assim, uma das situações que nos apresenta grandes frustações é quando alimentamos sentimentos falsos sobre nós mesmos, e permitindo que a prepotência, a arrogância, a soberba, tomem conta de nossas ações e pensamentos, nos levando a grandes conflitos com os nossos, pois tais sentimentos negativos, nos leva em quase todas as situações a muitos desgastes, onde exigimos dos outros mais do que podem nos ofertar e por outro lado, por uma visão míope de nós mesmos, ofertamos muito pouco ou quase nada nas relações diárias, sejam familiares ou sociais, que assim desembocam nas perdas de confiança, diálogo e convivência.

Aprendemos assim no texto Sagrado, que mesmo não estando na linha de frente, mesmo não sendo o primeiro lugar do podium, podemos agir para um bem comum, prestando e desenvolvendo nossos dons para uma convivência mais harmoniosa, para a construção de um mundo mais justo, para que as famílias resistam cada vez mais as pressões destruidoras de sua origem e laços fraternos, onde podemos encontrar pai, mãe, filho(a), irmão(ã) mais preocupados com o bem comum do que realizar seus desejos umbilicais e narcisistas, fortalecendo assim a cada dia as relações e nos despertando mutuamente a partilha do ser e do viver.

Na dinâmica da vida, muitas situações em nossa atualidade são tão relativizadas que o indivíduo sem amparo e sem orientação familiar, se encontra na entrega completa a um mundo de consumismo, não somente de bens materiais, mas principalmente de seu corpo e de sua espiritualidade, se permitindo ser usado por tantas situações e pessoas que só tem o intuito de destruir e ainda se saírem ilesos depois que a pessoa a elas não podem nada mais ofertar, por isso o chamado para o olhar a Jesus Cristo, pois sozinhos dificilmente conseguiremos nos afastar de tais realidade, portanto amado e amada, este é o Cristo que retira o pecado de nossas vidas, de nossas famílias, de nossa sociedade e de toda a humanidade, pois ele nos revela o amor, a justiça, pois Ele mesmo é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Que a Sagrada Família de Nazaré nos proteja e guarde. Deus sempre os abençoe!

Luciano Mota Peixoto – Diácono Permanente, Teólogo

@diacono.lucianomota / @emcasacomdeus / Facebook: Diácono Luciano Mota Peixoto

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