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A fidelidade vivida como uma virtude de construção do amor!

Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso?

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. (Lucas 16, 1-13)

Amados irmãos e irmãs, dentre tantas buscas da humanidade, nas suas relações, uma das mais ovacionadas com certeza é a fidelidade, que nos demonstra a atitude de poder contar com a presença da pessoa que então atua com tal virtude, fortalecendo assim a intimidade e o amadurecimento do relacionamento, que se faz nos momentos de alegria e nas dificuldades, perpetuando assim o companheirismo e a entrega mútua das pessoas envolvidas em tais relacionamentos.

Sim isto é bem possível, porém há uma necessidade de compreensão de que a fidelidade não deve ser apenas condicional, e sim intencional, uma vez que sendo condicional, ela muda e perde sua ação uma vez que o interesse ou o que se tem em retorno perde o valor ou o entusiasmo, levando assim a fragilidade e até a extinção da fidelidade, porém uma vez sendo intencional, ou seja, a partir da pessoa que quer ser fiel e tem a intenção e a atitude independente do que a outra lhe proporciona, assim temos m segmento que é desafiador, porém é duradouro e tende a construção de uma história e de um relacionamento fortalecido na constância da fidelidade.

Isto posto, nos leva realmente e perceber que a fidelidade se pratica nas pequenas coisas, nos pequenos gestos para assim suportar as tentações em momentos de grande necessidade, onde muitas vezes fraquejamos e queremos até justificar a quebra de um compromisso assumido, negando assim o primórdio da intenção e agora mudando os rumos e as atitudes, não assumindo as consequências e sim se desviando da situação e procurando mais uma vez não sofrer decepções nem avarias, assim abandonando a relação simplesmente por egoísmo ou tantos outros sentimentos.

Mas aqueles que suportam tais momentos de fragilidade, diante a opinião se seguir firmes no propósito da fidelidade, assim perseveram e colhem frutos de tal decisão, onde em vários setores, tais como na família, ao poderem ver seus descendentes, suas histórias se desdobrando em novas histórias e se fortalecendo na caminhada, vendo assim que a fidelidade vale a pena e que foi construída dentro de todas as formas possíveis nas convivências, permitindo-se uma chance ao novo dia, a novos momentos e principalmente a novas conquistas e reestruturações.

Assim dentro de tantas situações, podemos ver o testemunho daqueles que se fidelizaram ao projeto família, e principalmente ao projeto de Deus, na sua fé, na sua espiritualidade, e que com muito esforço, porém com muitas vitórias, nos mostram que realmente vale a pena ser fiel nas pequenas ocasiões, e que estas nos fortalecem para as grandes ocorrências.

Nestas circunstâncias, começamos a entender o que Jesus quer nos dizer nas Sagradas Escrituras, que somos chamados a servir fielmente o amor, a honestidade, a integridade, a família, a pessoa humana, pois ao nos permitirmos sermos influenciados apenas pelos pensamentos do ganho, do ter, do acumular, do gozar e viver somente a felicidade, muitas vezes nos distanciamos daquilo que realmente nos conduz a uma realização plena, e não somente momentânea.

Neste caminho, somos chamados a pautar nossa vida em valores de integridade e não somente de prazeres, pois estes últimos passam e em sua maioria deixam para trás um rastro de feridas e sequelas que em muito depreciam e até impedem uma abençoada qualidade de vida e de convivência, sendo que pautar nossa vida naquilo que é volátil, líquido e inconsistente, somente nos leva ao naufrágio espiritual.

Não é jamais uma apologia a negação da felicidade, porém uma confirmação de que servir a Deus, é servir com princípios fiéis, não somente interesseiros, é servir ao próximo e a nós também com o olhar do compromisso, e com a certeza de que diante de uma atitude de cuidado e respeito, somos sim capazes de transformar um mundo promíscuo e explorador, em um lugar de amabilidade e auxílio para os que por hora necessitam de restauração, e de fortalecimento nas decisões daqueles que um dia decidiram se entregar de corpo e alma ao projeto do amor e da fidelidade para a construção de uma reino de paz e comprometido com o bem estar da base de nossa sociedade: A Família.

Que a Sagrada Família de Nazaré nos proteja e guarde. Deus sempre os abençoe!

Luciano Mota Peixoto

Diácono Permanente

@emcasacomdeus

Facebook: Diácono Luciano Mota Peixoto

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