No Reino da Bicharada

O GATO ABISSÍNIO – O REI DA LAMBANÇA

           

Apesar do baixo rendimento daqueles que deveriam zelar pelo seu desenvolvimento, felizmente a Floresta está apresentando crescimento satisfatório, graças a raça e ao dinamismo de seus habitantes.

 Porém, quando se trata do progresso que deveria ser impulsionado pela administração pública, nada de razoável se vê, a não ser pequenos retoques, próprios de Florestas perdidas em beira de estradas.

Enquanto isto, o Rei Gato, narcisista e desprovido de desconfiômetro, continua se julgando o mais competente, o mais inteligente e, acima de tudo, o mais charmoso, um verdadeiro Gato de luxo.

Assim é que, nas últimas eleições, deu demonstrações claras que não tem um pingo de apreço pela Floresta, pois para agradar aqueles que lhe deram o título de Rei, apoiou candidatos trazidos por estes, e, sem qualquer constrangimento, passeou com os mesmos pela feira livre, além de fazer questão de aparecer em cartazes onde manifestava sua preferência por tais candidatos, julgando que, só por isto os bichos locais seriam levados a acompanhá-lo.

O pior é que, sem qualquer remorso, forçou servidores lotados em cargos de provimento em comissão a acompanhá-lo em algo que não acreditavam, sob pena de demissão.

Ocorre que os bichos da Floresta aprenderam a escolher seus representantes, e o faz com competência, dando preferência àqueles que realmente demonstraram ter apreço e que efetivamente mostraram trabalhos realizados à bem da comunidade.

Assim, o resultado da aventura do Rei Gato, só não se transformou em um grande fiasco, porque foi regiamente sustentada por uma gastança desenfreada e sem limites.

Mesmo diante do seu desempenho medíocre na gestão da Floresta e dos resultados limitados alcançados em apoios políticos, parece que ele ainda não reconheceu que os bichos locais não vêem motivos para acompanhá-lo em suas aventuras, pois continua se iludindo, entendendo que pode contribuir decisivamente para escolha do Rei da Floresta Maior. Parece piada!

Enquanto isto, está patente sua limitada atuação na administração da Floresta. Assim é que se algumas obras dignas de inauguração foram realizadas, isto só foi possível com recursos da Floresta Maior, disponibilizados em projetos analisados previamente aprovados, cabendo ao Rei Gato, apenas a contratação de empresas para sua realização.

Na administração da Floresta, além das quadras de peteca, o que o Rei Gato pode efetivamente chamar de seu, é o serviço de limpeza das vias e a pintura de meio fio, o que pode ser resolvido apenas com alguns espanadores, ferramentas de jardinagem e meia dúzia de baldes de cal. Simples assim!

O resto, que volta e meia está sendo divulgado, não passa de promessas sem qualquer possibilidade de viabilização.

A administração da Floresta está indo para o terceiro ano e não há esperança de melhora, visto que a assessoria do Rei Gato, incompetente e despreparada, em nada consegue contribuir para que haja pelo menos expectativa de melhores dias.

Faltam mais de dois anos.

Não vai ser fácil tolerar tanta lambança.

Dejair F. Lima –  Jornalista e Advogado

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