Com este título introduzimos a entrevista dada pelo presidente da Sementear – Cultura, Arte e Educação a este que redige. Luiz Carlos Ferreira da Silva, engenheiro e exímio conhecedor de eletrônica, sempre foi um entusiasta das causas sociais, educacionais e culturais. Por isso mesmo, encontra-se à frente da Associação.
Motivado pelo planejamento de comunicação do Curso de Introdução I ao Violoncelo, apoiado pela FAEC-PMIC-2022, Luiz sai do anonimato para falar um pouco sobre si e sobre a Sementear.
Pergunta: Luiz, você sempre foi sensível às causas sociais e filantrópicas.
Luiz Carlos: Sim, por todos os motivos, desde a minha infância em uma família humilde, os esforços para estudar, o início da família, fomos atentos ao entorno. A formação espírita-cristã deu-me orientação quanto à minha atuação em relação ao próximo. Engajado nas atividades de socorro e auxílio aos menos favorecidos, concorri, quanto foi-me possível pelas obras sociais. A proposta da equipe que compomos na Sementear tem esse viés do bom, do belo e do nobre, o que nos motiva a trabalhar sem descanso para oferecer arte e cultura a crianças e jovens socialmente vulneráveis, duas ferramentas de suma importância na educação.
Pergunta: Luiz, porque vocês escolheram o violoncelo como instrumento para ensinar música?
Luiz Carlos: O violoncelo é um instrumento muito versátil à execução de variados estilos musicais, e, pelo seu timbre, alcança de modo bem direto aquele que o ouve, como àquele que o executa. O violoncelo é um instrumento de difícil aprendizagem e igualmente caro, financeiramente. Tudo isso junto cria uma situação muito especial: oferece uma sonoridade inédita para nossa cidade e região, desafia o aluno na superação de seus limites e ensinando disciplina, paciência e perseverança, desafia a equipe por criar um custo bastante alto a ser suportado. Assim, o resultado alcançado, despois de bastante sacrifício e esforço de todos – alunos, pais, voluntários, diretores, professores, doadores – é extraordinariamente compensador. O violoncelo, então, é, para mim e para toda a equipe o que faz toda a diferença.
Pergunta: Luiz, a Sementear tem outros projetos em planejamento?
Luiz Carlos; Sim, temos! Somos curadores do edifício do Educandário Espírita, onde funciona a Sementear e o Cine Teatro Odette. No setor da educação, queremos chegar com o PIC a uma Escola de Artes. No áudio-visual desejamos voltar com as exibições de cinema e a prontificação do Teatro, para atender uma demanda de nossa sociedade. E o que mais Deus enviar na direção do bem.
Pergunta: Luiz, e os recursos que mantém a Sementear? Luiz Carlos: Bem, somos muitos os que trabalhamos para isso. Temos doadores pessoas físicas que ajudam com relativa regularidade. Temos a confecção da pizza fraterna, uma vez por mês, sempre no primeiro sábado, confeccionada por nossa equipe que se reúne para isso e cuja renda suporta as despesas pequenas. Recentemente, a Sementear completou três anos de fundação e por isso começa a transitar nas políticas públicas e leis de incentivo como o PMIC-Progama Municipal de Incentivo à
Cultura, promovido pela FAEC e chefiada pelo jovem Diogo Machado, seu presidente – estamos executando nossa primeira aprovação de 2022 nesse momento. Temos emendas impositivas chegando que auxiliam enormemente, graças a corações simpáticos ao propósito da entidade. Temos a simpatia de amigos vereadores, secretários, o prefeito, deputados e da sociedade civil, e empresários que têm se aproximado e ajudado. Somente gratidão a Deus pelo apoio e a confiança.
Pergunta: Luiz, as suas palavras finais para esta breve entrevista.
Luiz Carlos: Vale a pena fazer o bem! Somos todos uns pelos outros em nossa sociedade, somos interdependentes e precisamos despertar para essa responsabilidade, exercendo a nossa cidadania. Araguari é uma cidade abençoada onde temos a grata satisfação de viver, uma gente simples e acolhedora, ambiente sem igual. Daí, temos o dever de trabalhar pelo nosso semelhante, promovendo o bem e o progresso. Com a Sementear queremos semear a beleza e o bom ânimo, a vontade de servir e o otimismo, para que não somente nossos alunos, mas todos os que nos ouvirem na música que fazemos se sintam estimulados a também servir e levarem consigo a certeza de que é possível, que podemos transformar o meio em que vivemos para melhor.
Entrevista concedida a Públio Carísio de Paula, gestor do PIC-Programa de Iniciação Cultural da Sementear, compondo o conjunto de material de divulgação do projeto aprovado no PMIC.
